segunda-feira, maio 11, 2009

17:07 no dentista

Não é da minha conta. Mas poderia ser.

Existem pessoas que não se viram bem quando são mal tratadas. Eu, com certeza, sou uma delas. Estou no dentista e na recepção estava agora a pouco uma paciente que veio resolver um desentendimento em relação a horários e consultas com a secretária do seu dentista. A moça questionou a secretária por que motivo seu horário havia sido desmarcado e a funcionária disse que o seu patrão andava muito ocupado ou coisa do tipo. A funcionária, talvez simplesmente por falta de treinamento, por ignorância ou por ter sido colocada pra resolver uma situação que deveria ser resolvida pelo próprio dentista deu a entender para a moça que ela não era mais bem vinda no consultório do tal dentista, pois ele não havia gostado da atitude da moça.

Entendeu bem a história? Eu também não. Sei que depois de terminar a conversa assim, a funcionária virou as costas e foi embora. A (ex) paciente que poderia muito bem dar uma resposta bem dada, virar o bicho, ou simplesmente levantar a cabeça e ir embora, desatou a chorar. Disse, aos prantos, que nunca tinha sido tão mal atendida.

Bom, não sei nada sobre essa mulher, mas imagino que ela não esteja acostumada a tratar as pessoas mal. Porque acredito que é isso que pesa pra numa situação como essa a pessoa, ao invés da revolta, tomar uma atitude tão fragilizada. Que raiva! Queria ter levantado e dado um soco na secretária, mas achei que aquilo tudo não era da minha conta. Era sim, pois se fosse comigo talvez eu agisse da mesma forma que a moça e gostaria de ter alguém pra me defender. Engraçado, eu ia falar sobre minha relação com meu carro. Uma coisa bem amena e boba pra começar a semana. Mas há uma ténue linha entre meu final de semana e essa situação que mostra que deveria falar sobre isso.

Ai ai, pessoas emotivas se desgastam por coisas/pessoas que não valem mesmo a pena.

quarta-feira, abril 29, 2009

Quanta gracinha

Adoro seriados.
Só pra constar já que o que eu vou dizer pode fazer você pensar o contrário.
Dia desses me divertindo com a quarta temporada de sex and the city me deparei com uma cena engraçada em que as amigas iam a uma festa de noivado ou algo do tipo e tinham que lidar com a situação de serem as únicas pra-lá-de-30 que ainda estavam solteiras. A reação de Miranda foi espetacular, quando foi encurralada por um grupo de noivas/casadas e perguntada sobre a vida de solteira, Miranda se saiu muito bem fazendo gracinha com o fato de estar sozinha e dormir com vários caras. As mulheres riram e tudo ficou por isso mesmo. Mais tarde, Carrie perguntou porque a amiga tinha agido daquela forma, pois aquilo não era do feitio de Miranda e ela disse algo do tipo, "é a melhor saída". No patati patatá do episódio, Miranda encontra uma das casadas na rua e pergunta a ela sobre o fato de o casal ainda não ter filhos. A mulher disfarça com uma brincadeirinha e vai embora. Carrie fazendo suas reflexões no final do episódio põem em questão o fato de fazermos gracinha com assuntos que, talvez, realmente nos aflijam ou sejam sérios, só para disfarçar.
Esse assunto, não exatamente assim, virou pauta numa aula de TECOM (teorias da comunicação). E eu comecei mesmo a reparar nesse modelo dos seriados. Todos os que consegui lembrar têm essa carcaterística. Os que estão voltados para humor ou pitadas de humor, sarcasmos e ironias, claro. Percebam Friends, Two and a Half Man, The New Adventures of Old Christine. A graça é rir da desgraça (odeio essa palavra, sabe aquele poder maternal que fica repetindo pra você "não diz desgraça, filha, é horrível" e você aprende mesmo?), ao invés de resolver os problemas, vamos rir deles. Tudo bem, às vezes é a melhor solução.

Queria mesmo me aprofundar na análise psicológica das personagens e coisa e tal. Acho interessante, mas com certeza não tenho cacife para isso. E tô atrasada pra falar mais :/. Vou repetir que adoro todos esse seriados citados e que super me divirto.


E que rir é maravilhoso, mas rir de tudo é desespero.