quarta-feira, abril 29, 2009

Quanta gracinha

Adoro seriados.
Só pra constar já que o que eu vou dizer pode fazer você pensar o contrário.
Dia desses me divertindo com a quarta temporada de sex and the city me deparei com uma cena engraçada em que as amigas iam a uma festa de noivado ou algo do tipo e tinham que lidar com a situação de serem as únicas pra-lá-de-30 que ainda estavam solteiras. A reação de Miranda foi espetacular, quando foi encurralada por um grupo de noivas/casadas e perguntada sobre a vida de solteira, Miranda se saiu muito bem fazendo gracinha com o fato de estar sozinha e dormir com vários caras. As mulheres riram e tudo ficou por isso mesmo. Mais tarde, Carrie perguntou porque a amiga tinha agido daquela forma, pois aquilo não era do feitio de Miranda e ela disse algo do tipo, "é a melhor saída". No patati patatá do episódio, Miranda encontra uma das casadas na rua e pergunta a ela sobre o fato de o casal ainda não ter filhos. A mulher disfarça com uma brincadeirinha e vai embora. Carrie fazendo suas reflexões no final do episódio põem em questão o fato de fazermos gracinha com assuntos que, talvez, realmente nos aflijam ou sejam sérios, só para disfarçar.
Esse assunto, não exatamente assim, virou pauta numa aula de TECOM (teorias da comunicação). E eu comecei mesmo a reparar nesse modelo dos seriados. Todos os que consegui lembrar têm essa carcaterística. Os que estão voltados para humor ou pitadas de humor, sarcasmos e ironias, claro. Percebam Friends, Two and a Half Man, The New Adventures of Old Christine. A graça é rir da desgraça (odeio essa palavra, sabe aquele poder maternal que fica repetindo pra você "não diz desgraça, filha, é horrível" e você aprende mesmo?), ao invés de resolver os problemas, vamos rir deles. Tudo bem, às vezes é a melhor solução.

Queria mesmo me aprofundar na análise psicológica das personagens e coisa e tal. Acho interessante, mas com certeza não tenho cacife para isso. E tô atrasada pra falar mais :/. Vou repetir que adoro todos esse seriados citados e que super me divirto.


E que rir é maravilhoso, mas rir de tudo é desespero.